A freguesia de Santana está integrada na Região Autónoma dos Açores, ilha de S.Miguel, no concelho de Nordeste. O seu orago é, como o próprio topónimo o indica, Santana, celebrada nesta freguesia no mês de Junho.
Instruído e documentado pelos conhecimentos transmitidos por seu irmão D.Pedro, o Infante D.Henrique lançou os portugueses na expansão marítima; assim, em 1427 era descoberta a Ilha de S.Miguel, dando-se em 1444, o início do seu povoamento, depois do mesmo Infante ter mandado lançar gado em sete das ilhas do arquipélago. A sua capitania foi entregue a Gonçalo Velho, cavaleiro e frade da Ordem de Cristo. Os primeiros habitantes eram oriundos das províncias da Estremadura, do Alto Alentejo e do Algarve, vindo juntar-se, mais tarde, madeirenses, judeus e mouros e, possivelmente franceses (tradição presente no nome da freguesia da Bretanha.)
Inicialmente esta freguesia era conhecida como Feteira, dada a abundância de fetos que ali existiam, aquando da atribuição do topónimo. Em 1563, o lugar ainda não se encontrava colonizado, sendo que nessa data, na consequência de um terramoto, ficou coberto de cinza e pedra-pomes. Progressivamente, foi-se desenvolvendo a sua colonização, dividida por duas áreas: Feteira Grande e Feteira Pequena. Neste último povoado foi construída uma ermida, sob evocação de Santa Ana, curato que ficou dependente da paróquia de Nossa Senhora da Anunciação da Achada. No século XIX, a ermida foi reformada e ampliada, vindo a ser substituída pelo templo actual em 1869.
Até 1960, Santana esteve integrada administrativamente na freguesia de Achada que, em 1820, passou a pertencer ao concelho de Nordeste.
Do acervo patrimonial de Satana são de destacar, para além da Igreja Matriz, os seus treatos (lugar onde se guardam os santos no dia das festas), bem como os diversos fontanários, miradouro do pesqueiro e os antigos lavadouros.
Esta é uma freguesia essencialmente rural, dedicando-se a maior parte dos seus habitantes à agricultura e à pecuária.